Presisamos de amor,precisamos de amor... / Ainda à espera do meu salvador,tempestades me desfazem membro a membro, os dedos parecem-me algas, estou tão longe estou demasiado dentro. Eu sou um homem só/a minha solidão é real, os meus olhos nasceram testemunhas desoladas e agora os meus dias também estão contados : vi as linhas das mãos dos mortos, as estrelas brilham mas não para mim. Profetizo catástrofes e então considero o preço, brilho, mas a brilhar a morrer, sei que estou quase perdido. Papel branco jaz na mesa/e a minha torre é de pedra/ apenas tenho tesouras rombas/apenas tenho o amor mais pobre.Eu fui a testemunha e o selo da morte, detém-se na onda derritida que é o meu cérebro. Quando vires os esqueletos dos mastros dos veleiros a afundar começarás a pensar se os temas de todos os mitos antigos não serão solenemente dirigidos direitinhos a ti...