
Talvez encontrando na fé novos recursos para a razão, segundo o
director do jornal "O Público".
0 argumento do pastor alemão Ratszinger:"O mundo não pode ser relativista",
é uma falácia contudente,logo, digo eu, o homem não pode pensar.
Assim se o homem não pode pensar,tudo é absoluto para a Igreja.
O Papa Bento XVI, ex-Prefeito da Congregação da Fé,defende sem querer
o dogma da sua verdade absoluta até ao absurdo ad infinitum.Isto não
passa senão de uma falácia acidental,pois se a teologia pensa a verdade
da fé,a filosofia pensa a verdade da razão.E teologia e filosofia andaram
por vezes sempre muito juntas,tanto na mediavelidade como ainda na modernidade.
Assim é inevitável a velha querela entre Fé e Razão, na qual este novo Papa
tanto gosta de aludir,como no debate com o filósofo e sociólogo Habermas.
O que este novo Papa gostaria,era que se retornasse à velha escolástica,o
que nos remete indubitavelmente para o Doutor da igreja S. Tomás de Aquino
no qual paradoxalmente afirmou,"Reencontro-me inteiramente em Aristóteles".
Sem querer fazer comparações imediatas entre Ratszinger/Habermas e
Tomás de Aquino/Aristóteles não existe aqui alteridade,isto é dizer,um
terceiro como no época do tomismo como aquilo que o Doutor da igreja considerou
o erro de Averróis.(Continua)