Começou o verdadeiro espírito do desporto,o espírito Grego desde a antiguidade.
São os jogos Pan-helénicos,quer locais ou internacionais,
que mais claramente ilustram a faceta do espírito(Arête)
grego.Entre nós censura-se muitas vezes um homem porque "faz dos jogos uma religião".
Os Gregos não faziam,mas faziam coisa talvez mais surpreendente:integravam os jogos
na sua religião.
Para sermos absolutamente claros,os Jogos Olímpicos,o maior dos quatro festivais internacionais
eram celebrados em honra de Zeus de Olímpia,os Jogos Píticos em honra de Apolo,os Jogos Penatenaicos
em honra de Atena.Acresce que eram realizados no recinto sagrado.Qualquer guerra intermitente que existisse
era imediatamente suspensa,levando a longas tréguas.O sentimento que estimulou o facto era perfeitamente
natural.A competição era um meio de estimular e revelar a arête(espírito)humano, o que constítuia valiosa
oferta ao deus.O grande jogo ou o número era o pentatlo: uma corrida, um salto,lançamento do disco, do dardo e luta.
Quem triunfava era um verdadeiro homem.Era um Herói e como tal era considerado pelos seus concidadãos.Eram-lhe
prestadas honras públicas - que podiam incluir a concessão de refeições na câmara municipal, para o resto da vida,
a expensas públicas,até se escrevia um hino em honra do campeão.
Foi assim até ao espírito dos Jogos da era moderna com Pierre Coubertain.
Que esse sentimento humanista perdure,dure ao longo destes inesquecíveis dias
do novo século,que o verdadeiro arête desportista ao menos faça esquecer guerras
e ódios,façamos o exemplo do grego arcaico e clássico o exemplo do nosso milénio.